quinta-feira, 25 de abril de 2019

2019

Considero o mês de abril o mais bonito. É quando termina o tempo chuvoso e inicia o período mais seco. Essa mudança de clima reverbera em meus sonhos, como uma espécie de renovação: novos tempos, novos sonhos.

Me recordo dos tempos que era mais jovem, e que eu já sentia essa renovação de sonhos com a mudança climática. Lembro-me de como era mais intenso, hoje restam fagulhas de sonhos e vontades. Lembro do pensamento tipo: "o que será que a vida me reserva nesse ano? Será que vou me apaixonar? Será que vou conseguir um bom emprego? Tudo era imprevisível. Agora o tempo voa e nada muda. Estou fazendo coisas legais, mas tem tanta coisa chata na minha vida que acaba refletindo nas coisas boas. Eu sei que tenho que valorizar as coisas boas, estou tentando.

Muita coisa mudou, melhorou, mas estou com 35 anos e não ando nem perto de realizar as coisas que idealizei. Não imaginava que a vida seria tão difícil. Um grande amigo de 48 anos me fala que essa fase é a pior da vida e que com a chegada dos 40 a vida volta a melhorar. Ele diz que a fase dos trinta e poucos é a fase de desconstrução, é onde percebemos que nada do que planejamos aos vinte e poucos serão realizados, é onde surgem novas visões, novos sonhos, nova forma de ver a vida. O renascimento é aos 40, é quando surge um ser superior, que enxerga a vida por cima.

Quem diria, logos os 40 anos, a idade mais temida para as mulheres solteiras. Que venha.

terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Saldo de 2014

2014 está ficando para trás, não aconteceu muitas coisas, mas gostei muito deste ano. Adoro final de ano, acho o clima natalino tão aconchegante, me enche de esperança de um novo ano melhor que o que se encerra.

Vamos ao saldo deste ano:

Poderia lamentar o fato de não ter realizado muita coisa na minha vida profissional, de não ter encontrado o amor da minha vida, de não ter viajado, de não ter me matriculado para uma escola de inglês, de não ter lido muito, de não ter comprado uma máquina fotográfica, mas não vou falar das coisas que não aconteceram, inclusive isso será uma promessa de ano novo, ser positiva, tentar sempre ver o lado bom das coisas.

Então vou falar das coisas boas.

1- Comecei a correr

Esse acontecimento foi, na verdade, um dos melhores em toda a minha existência. Me sinto cada dia mais realizada a cada quilômetro percorrido. Algo que para mim parecia impossível, tornou-se real. O melhor de tudo foi aprender a lidar com o pânico que sentia, a falta de ar e o coração acelerado não me assombram tanto, ainda há resquícios da doença, mas estou lidando muito bem com ela, tanto que estou correndo!


2- Comprei uma bicicleta

Parece bobagem, mas há muitos anos esse item entrava para a minha lista de desejos, mas nunca conseguia comprar, até que decidi comprar sem poder mesmo, inclusive é uma das minhas dívidas de 2015, mas estou pagando com muito prazer.

E fim, rsrs

O ano realmente foi bom, mas não consegui enumerar mais nada.

Feliz ano novo, que venha 2015.


quarta-feira, 6 de abril de 2016

Preciso Reagir

Não sei o que está acontecendo comigo, onde foram parar a minha força e determinação?

Saí do emprego onde estava há oito anos, saí porque não aguentava mais, tudo pra mim ali era insuportável, o trabalho em si, os colegas, os clientes, tudo aquilo não me fazia feliz.

Então saí, fui em busca da minha felicidade, mas eu até hoje não sei o que fui buscar. O meu erro sempre foi não saber o que buscar, sempre esperei que as coisas simplesmente acontecessem, e que aquele estalo seria o destino divino escolhido por Deus para mim, porque sou uma boa pessoa e Deus irá guiar meu caminho. Mas acho que relaxei demais, acho que eu deveria correr mais atrás do que quero. Mas o que quero? Eu não sei.

Mas sei o que não quero, não quero ficar vendo o tempo passar e eu nada fazendo para a situação mudar. Tenho minha profissão, sei da minha capacidade, só preciso reagir, acordar para o mundo que me cerca. Não tenho que lamentar o tempo perdido, se tenho uma hora, tenho que fazer valer essa hora, não lamentar as horas dormindo, lendo livros para entretenimento, assistindo televisão, limpando a casa, namorando. Preciso organizar minha vida, correr atrás, eu sei o preciso fazer, REAGIR.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

2015...

Pra mim, 2015 foi um bom ano, um dos melhores da minha vida.

Cada dia que passa me sinto uma pessoa melhor. E só agora, aos 32 anos, sinto que minha vida está entrando no eixo, mas ainda tenho muito o que aprender.

No começo do ano, como nos outros,costumo anotar em uma agenda todos os meu planos, sinto-me feliz por ter uma nova oportunidade de não cometer os mesmos erros e de alcançar meu sonhos. Mas o que ocorre na grande maioria das vezes é eu não cumprir nem metade do planejado.

Vou até pegar a mina surrada agenda para verificar o que ficou para trás:

Coisas que realizei: fazer natação, fazer micropigmentação na sobrancelha, imprimir fotos (oi), mudar de casa, continuar correndo e subir no pódio na corrida do advogado (sério que você conseguiu subir no pódio!), emagrecer (não os 4 kg planejados, mas uns dois eu emagreci e mantive o peso).

Coisas que não realizei: conhecer Buenos Aires, tratar da pele, estudar mais, estudar inglês, fazer compras à vista, não utilizar o cartão de crédito da mãe (HAHAHA), arrumar meu carro, tomar imedeen, comprar porta cartões, HD externo, geladeira, televisão microondas, ser uma ótima advogada, fazer compras em Goiânia.

Claro que a lista dos desejos não alcançados ganha, tem coisas idiotas que não consegui, principalmente os que começam com o verbo "comprar". Sabe por quê? Falta planejamento e organização. Então, meu primeiro desejo para 2016 é: ser mais organizada e focada.

Mas tem coisas boas ainda: sonhos realizados que não foram planejados!

Viajei para São Paulo em Março, tinha o sonho que conhecer, fui assim meio na loucura mesmo e foi muito bom, conheci um monte de museus e ainda fui em Paranapiacaba. Em Outubro viajei para o Rio de Janeiro, foi muito bom, e atribuo a essas duas viagens o foto de colocar o ano de 2015 como o melhor da minha vida. Tem coisa melhor que viajar? Acho que não.

Também comprei um monitor de corrida que sonhava em ter e só, esse ano foi ruim de comprar, é a crise e culpa da Dilma.

Para finalizar o ano, meio que por acaso, quando eu nem esperava, encontrei um namorado, um namorado muito bom, que eu adoro. Tava tão acostumada a ser largada que não contava com essa novidade. To amando <3.

Agora vou comprar uma agenda nova e anotar nela tudo o que eu quero para 2016. Mas dessa vez uma viagem para fora desse Brasil vai se concretizar, se Deus me permitir.

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Vivendo

Oi Blog,

Como já desabafei inúmeras vezes aqui, estou reflexiva em relação ao tempo, porque percebi que ele passa, que estou ficando velha e que não realizei nem metade das coisas que gostaria de realizar. Percebi que o problema é que muitas vezes eu não ajo, só penso. Daí que tive a brilhante ideia de: agir!
Estou vivendo numa intensidade, cada dia quando deito agradeço a Deus a oportunidade de viver mais um dia, como é gostoso ter saúde para sonhar, planejar, essa sensação de eternidade é gratificante. Também sei que isso é relativo, a vida tem seus riscos e de uma hora para outra as coisas podem mudar, mas prefiro pensar positivo.

Busco a felicidade plena, para isso algumas coisas na minha vida devem ser feitas ou mudadas, por isso resolvi enumerá-las para melhor visualização:

- Preciso mudar de casa, sério, moro há seis longos anos em um cubículo, divido quarto com irmã, sobrinho e seis gatos. Moro lá desde o segundo ou terceiro período de faculdade, estou formada ha seis anos e acho que já chega, quero ter meu cantinho para decorar, pois na minha atual residência não cabe nada e não tenho gosto de comprar nada para pôr lá dentro. Tem a questão do valor do aluguel, onde moro pago um valor bem camarada, mas tenho certeza que o conforto a mais compensará o gasto. Então casa nova, vida nova.

- Preciso sair do meu atual emprego: da mesma forma que da casa, me acomodei no serviço, estou nele desde o segundo período da faculdade (Julho de 2008), já são quase seis anos da minha vida fazendo a mesma coisa, usando o mesmo computador, sentando na mesma cadeira e tolerando algumas pessoas de auras ruins. Estou com minha OAB desde Dezembro de 2013 e até agora minha carreira não deslanchou, acho que preciso procurar novos caminhos.

- Preciso estudar: Digamos que eu não fui uma aluna muito estudiosa na faculdade, e para exercer a advocacia devemos nos atualizar sempre, ou no meu caso aprender mesmo. Preciso ter autoconfiança, nada de se achar uma coitadinha diante de um advogado de peito estufado de terno e gravata. Preciso dedicar horas diárias em estudo. Para realizar o sonho de sair do emprego onde estou não tem outro jeito senão estudar mesmo, preciso ter uma bagagem de conhecimento para enfrentar o concorrido mercado de trabalho. Nada de encontrar um artigo interessante na internet e me sabotar dizendo que lerei em outra oportunidade, só para ficar olhando as atualizações do facebook.

4ª- Preciso parar de fazer dívidas: como sou descontrolada meu Deus, como queria ter puxado, ao invés das pernas finas da minha mães, a sua habilidade para economizar. Ser como meu irmão, não impaciente, e sim poupador. Eu gasto mais do que ganho, isso é fato, nunca tenho dinheiro para nada, e quando para para pensar para onde vai o meu dinheiro eu fico impressionada por não saber a resposta. Agora estou arcando com as consequências, comprei tanto no cartão de crédito da minha mãe que tive que fazer um empréstimo para o nome dela não ir parar no SPC, agora estou presa a esse emprego até Setembro deste ano, é o tempo de pagar a última parcela tranquilamente. Até lá será de muito aperto no meu orçamento, estou me desdobrando para manter as coisas em ordem, mas vai dar tudo certo. Acho que tenho algum distúrbio, quando me dá vontade de comprar algo eu não meço as consequências, ajo no impulso e um pensamento positivo toma conta de mim: "as coisas vão se resolver de alguma forma", eu penso, daí compro e me endivido, daí as coisas se resolvem com um empréstimo a juros altíssimos. Isso precisa ser mudado.

- Preciso dedicar menos tempo nas redes sociais: chego para almoçar e vou logo ligando o wi-fi do celular, preciso me abastecer com as conversas do whats app, com as fotos no Intagran, saber quem deu kudos no strava, e daí se vão preciosos minutos que poderiam ser gastos lendo aquele livro que está na minha cabeceira ou preparando um almoço mais gostoso. Logo eu que admiro tanto o modo antigo de viver, logo eu que escrevo para pessoas desconhecidas para manter viva aquela magia de se corresponder através de cartas, logo eu caí nessa dependência de viver conectada, de saber muito pouco de todas as coisas. Não, isso não está certo, tudo bem que no Instagram sigo apenas pessoas que me inspiram (e amigos que não postam quase nada, pois ninguém merece seguir aquele amigo que se sente na obrigação de postar alguma coisa, nem que seja um "selfie" com uma frase reflexiva, para não cair no esquecimento), mas tudo tem que ter um limite, as vezes viajo vendo uma foto bonita, passa mil pensamentos bons, mil sonhos e planos pela minha cabeça, mas quando me dou conta, estou deitada na minha cama com o celular na mão e o tempo passando.

Esse é o primeiro passo para me sentir realizada. Não coloquei nada que comece com o verbo comprar, aqui são coisas que dependem mais de minha atitude, de querer e buscar.

Vou agir, até logo!

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Sapato novo

Comprei um sapato novo, tem sensação mais gostosa que comprar? ainda mais sapatos? E se for sapatos, roupas, bolsa e maquiagem então?
O problema do sapato novo é que ele aperta um pouco, faz calos, mas o importante é que é bonito, e além do mais ele laceia e depois se torna além de bonito, confortável.
Calço para ir trabalhar, caminho até o carro e tudo certo, chego no trabalho tem mais uma caminhadinha e chego ao escritório onde ficarei sentada quase o dia inteiro, enquanto isso os pés descansam fora do sapato, sofrimento mínimo.
Mas não há uma só vez que eu não me lembre do ano de 2008, o ano em que mais machuquei meu pé, caminhava vinte minutos para chegar ao mesmo trabalho que estou hoje, caminhada longa e reflexiva, lembro que a dor que sentia nos calcanhares era o impulso de querer vencer, pensava comigo mesma que logo logo eu lembraria daquele momento como algo distante como hoje é. Mas continuava caminhando, os calcanhares friccionando com o couro sintético novo, a cada passada uma dor, o pé esquerdo parecia que nem existia, mas o direito foi feito para me fazer sofrer, primeiro as bolhas, as vezes apertava o cantinho do dedão e o dedo mindinho parecia que não pertencia ao pé de tanto que incomodava. Quando chegava ao serviço a sensação era de chegar ao paraíso, mas tinha a volta, onde tudo voltaria a acontecer em um pé já machucado, mas eu aguentava firme, tirar os sapatos e seguir descalça? nem pensar, respirava fundo, me aguentava, o pior momento era a hora de atravessar a faixa de pedestre, sei que o passa tempo dos motoristas entediados é observar minunciosamente o pedestre que passa a frente de seus olhos e eu, respirava fundo e seguia naquele interminável caminho, ignorando a dor dos pés calejados. Ufa, faixa de pedestre atravessada e só faltava mais um pouco para chegar em casa, os últimos metros eram os mais difíceis e ao chegar em casa, no meu lar doce lar, o sentimento era de alívio, felicidade, prazer e como disse Machado de Assis:

"Botas...as botas apertadas são uma das maiores venturas da terra, porque, fazendo doer os pés, dão azo ao prazer de as descalçar."

E no outro dia calçar o mesmo calçado nem pensar, tinha que calçar o velhinho mesmo, daí quando sarava os machucados o sapato novo não machucava mais, era como se ele precisasse marcar seu território, para depois ser inofensivo.

E foi assim durante um ano, marcado por vários calçados novos e vários machucados, credito boa parte do meu esforço e determinação àquelas sofridas caminhadas.


Meu inofensivo e lindo sapato novo


quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Eu gosto do Silvio Santos

Depois que completei trinta anos comecei a ver o mundo de uma forma diferente, e me assusta como o tempo passa tão rápido! Lembro da época de quando era criança e parece que aquilo tudo foi um sonho ou que aconteceu em outra vida, mas os últimos dez anos parecem que foram ontem. Lembro da época que gostei dos Hanson, tenho a impressão que ocupei muitos anos da minha vida com eles, mas acho que foram no máximo dois, do auge ao esquecimento. Hoje observo surgirem novas bandas que se tornam febre entre adolescentes e lembro da minha época de tiete e consigo visualizar o começo e o fim de tudo isso, elas dizendo que vão amar para sempre os seus ídolos, mas o que elas ainda não sabem é que o pra sempre dura muito pouco, mas eu sei, e isso não é bom, é coisa de velho.

Vamos falar de Malhação, gostei muito e hoje acho uma porcaria, mas Malhação me  fez me sentir a jovenzinha da hora por muitos anos, lembro que entrei na faculdade em 2003 e não perdia um capítulo, mas eram adolescentes crescidinhos, parecidos comigo na época, e lembro que as temporadas mudavam e muita coisa permanecia, quem o diga Cabeção, com suas seis temporadas, me deu a falsa impressão que eu seria jovem para sempre. Lembro de pensar em meu subconsciente que eu estaria velha no dia que os adolescentes de malhação parecessem jovens demais para mim, e hoje são todos pirralhos.

As coisas mudam muito rápido, o tempo passa muito rápido, e tenho muita coisa para correr atrás. Não gosto de me sentir ultrapassada, mas está quase impossível acompanhar tantas inovações. Na minha opinião as coisas deveriam ser as mesmas por pelo menos uma década até assimilarmos tudo, sem perder nada.

Lembro que ouvia falar de lançamentos de androids e não fazia a mínima do que se tratava, até o dia que decidi abrir uma conta no Instagram, após minhas falhas tentativas de tentar instalá-lo no meu computador, descobri que o android iria finalmente se cruzar na minha vida. Gente, penei até descobrir o que era, comprei um celular só para essa finalidade, não gosto nem de me lembrar do tanto de neurônios que gastei naqueles dias, mas agora tenho Instagram, whats app, facebook, twitter. Daí você acha que tá sabendo de tudo, aí alguém posta uma foto com vários efeitos, vídeos com músicas, o diabo a quatro, e numa imagem você percebe que tem que aprender mais coisas, ou ficar ultrapassado novamente.

Por isso gosto do Silvio Santos, passou trinta anos e ele está lá de terno e gravata e microfone pendurado no pescoço oferecendo dinheiro para as suas assistentes de palco. Desse jeito até a minha avó se sente uma menina.